terça-feira, 17 de maio de 2016

Critica As Memórias de Marnie

Jussara Brito - 27 anos - administradora.

O filme ‘As Memórias de Marnie’ é uma animação japonesa de 2014 do diretor japonês Hiromasa Yonebayashi que conta a história de Anna, uma menina solitária e apática que não tem amigos nem se relaciona com outras  pessoas. Anna é filha de pais adotivos e também tem uma relação fria e distante com eles. Mas um dia ela conhece Marnie, uma menina que muda totalmente o rumo de sua história.
Anna conhece Marnie quando foge de algumas pessoas que falavam com ela, pega um barco e chega até uma casa. As duas ficam amigas e passam muito tempo juntas mas de uma forma que vai além da amizade. Ambas parecem por algum motivo fugirem do mundo real em que vivem.
 Um mundo real onde Anna tenta fugir de um passado de rejeição por parte de seus verdadeiros pais, convivendo também com o fato de que seus pais adotivos recebem dinheiro para cuidar dela. Marnie tenta fugir de uma realidade de abuso e maus tratos de suas babas, e também de indiferença de seus pais.
Por mais que a história de amor e companheirismo entre as duas meninas seja tocante, o diretor dá muita atenção a um ambiente externo pouco relevante para o tema central  da história, ou  seja, ele foca pouco  no que realmente importa. Isso acaba deixando o filme cansativo. Em alguns momentos falta criatividade no diretor, pois ele cria histórias paralela que pouco influenciam as duas meninas.

Critica Princesa Mononoke

Maria Eugania Mendrone -26 anos - Cursa Radio e TV 

A Princesa Mononoke conta a história do amor impossível de San e Ashitaka em sua batalha pela preservação da natureza contra as ações destrutivas do ser humano.
O filme começa com Ashitaka, um jovem príncipe da vila de Emishi, que se vê em luta contra Nago, o deus-javali, cujo corpo fora possuído pelo deus da Maldição, um demônio, que tinha a intenção de destruir a vila. Ashitaka consegue matar o oponente, mas sofre uma maldição: seu braço direito ganha força sobre-humana, ativada pelo sentimento de ódio. Isso pode transformá-lo num demônio, que aos poucos vai consumir sua vida.
Aconselhado pela sábia e pelos anciões da vila, Ashitaka parte em busca da cura de sua maldição. A viagem o leva à Cidade de Ferro, governada por Lady Eboshi, uma mulher que explora intensamente os recursos naturais, detendo o monopólio do minério de ferro. Instigada pelo monge Jiko, enviado do imperador, Lady Eboshi tenta matar Notívago, o Espírito da Floresta, cortando-lhe a cabeça. (O imperador acredita que quem beber o sangue desse espírito terá vida eterna.) Com a morte de Notívago, Lady Eboshi pretende a conquista total da floresta sagrada.
Logo após chegar à cidade, Ashitaka conhece San, a Princesa Mononoke, que, quando criança, fora adotada pela deusa Moro, uma loba gigante. Ashitaka e San apaixonam-se e juntos querem defender e preservar a natureza, proteger os animais e os espíritos que lá habitam.
A Princesa Mononoke é um filme que trata da eterna disputa entre o bem e o mal, no caso, a ação do ser humano de explorar os recursos naturais da floresta de forma gananciosa, prejudicando o ambiente. Mas não há bons ou maus, vencedores ou perdedores nessa história, apenas a luta pela sobrevivência.
Apresentam-se três pontos de vista diferentes: o primeiro deles é o de Ashitaka, que quer fazer o bem, não permitindo que a natureza seja devastada, mas sente ódio pela destruição que o ser humano provoca no ambiente, por lucro e poder. Ocorre que, para evitar que sua maldição se alastre pelo corpo transformando-o num demônio, ele não pode demonstrar esse ódio, ou seja, ele é um herói em constante conflito.
O segundo ponto de vista é o de Lady Eboshi, que, apesar de ser ambiciosa ao querer conquistar a floresta para usufruir de seus recursos, revela um lado afetuoso: cuida de ex-prostitutas, carabineiros e leprosos, dando-lhes abrigo e trabalho[P1] , e estes passam a idolatrá-la como deusa. Ainda assim tenta matar o Espírito da Floresta, como um favor ao imperador (e, claro, em benefício próprio). Ela não é uma vilã, no sentido de maldade, mas uma oponente da natureza, pois somente os animais a veem como inimiga.
O terceiro ponto de vista é o de San, que não se considera humana e escolhe lutar ao lado dos animais que a criaram desde pequena, não perdoando a atitude dos seres humanos. Caracteriza-se então a personagem da heroína forte e valente.
O conflito entre homens e natureza é frequente no filme, mas também se evidencia a tentativa de proteção dos espíritos da floresta, ou seja, a reação da energia vital do planeta ante a destruição causada pela ação humana. A história se passa na era feudal japonesa, cuja cultura se fundamenta principalmente na mitologia e em lendas dos folclores regionais, nas quais ocorre obrigatoriamente a presença de Deus em formas animalescas, demônios, espíritos e entidades fantasmagóricas.
O que mais desperta a atenção é a simbologia:
- os demônios são o resultado da interferência destrutiva do homem na natureza, o sentimento de ódio transmitido por eles é uma metáfora para um mal, uma doença que se instala no corpo do hospedeiro corrompendo-o, consumindo-o aos poucos e, por fim, matando-o.
- os pequenos kodamas são espíritos puros, que, junto como os deuses animais, tentam proteger e preservar a floresta.
- os macacos de pelo negro e olhos vermelhos reivindicam direitos e protestam contra a destruição e a morte, mas nada fazem para melhorar a situação, não buscam amenizar os conflitos, mas promovem a discórdia, pois acreditam que todos são intrusos em seu território e ainda culpam San por não pertencer ao mundo deles. Os macacos representam uma metáfora da atitude comodista dos seres humanos.
- Notívago, o Grande Espírito, é um Deus que se transforma todo dia e toda noite – ele dá a vida e também a tira. O espírito não toma partido na disputa, apenas protege o equilíbrio entre a vida e a morte, mas o que se aponta claramente é que o espírito pode ser corrompido pela ação do homem. Ao ter cortada a cabeça, Notívago se transforma em um Shinigami (Deus da Morte), que, na busca da cabeça decepada, infecta a floresta com o mal, matando-a. (Podemos correlacionar essa situação com o exemplo do princípio de Gaia, que diz que o planeta Terra é um ser vivo, capaz de se sustentar, mas a interferência direta e constante resulta em severas mudanças em seu ambiente.)
A determinação de San e Ashitaka de devolver a cabeça a Notívago faz com que este reviva; assim, aos poucos a floresta se purifica e a natureza se restaura, mostrando que a vida sempre encontra uma forma de se renovar, na presença de um ato real de bondade e amor, sem se levar por cobiça e ganância, mas escolhendo fazer o bem.
Em meio à luta para recuperar a cabeça do Grande Espírito, Ashitaka salva a vida de San. Esse ato de amor, porém, tem um preço: ele carregará para sempre um resquício da maldição em seu corpo. Os dois seguem caminhos diferentes, pois, apesar de se amarem, cada qual tem um destino a cumprir: San deve defender a floresta e Ashitaka deve retornar a sua aldeia para ajudar na reconstrução.
O filme revela excelente fotografia, com traços sutilmente marcados, mas com cores fortes; é perceptível o uso de tonalidades quentes e cores vívidas em cenas de ambientes claros, e foscas em cenas de ambientes escuros. A música contextualiza os sentimentos e a circunstância de cada cena; é possível perceber também que boa parte do filme se concentra em apresentar paisagens do Japão. Músicas e paisagens se fundem com harmonia, fazendo com que o expectador possa imaginar-se em um ambiente sereno. Apesar de o filme contar com muitas cenas de batalha, o teor de violência é moderado, em se tratando de uma animação infantojuvenil.
Além de receber indicação para o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, A Princesa Mononoke é o primeiro filme de animação a ganhar o Prêmio da Academia do Japão como Melhor Filme. No contexto narrativo da luta entre a natureza e humanidade a premiação é plenamente justificável, pois o tema desperta o interesse de todos e deve ser melhor discutido e abordado pelo público em geral.

Critica Serviços de Entrega da Kiki

Larissa Corneta - 23 anos - Cineasta

É o coração que me faz pintar, faz sua amiga cozinhar. Precisa encontrar a sua inspiração Kiki” é o que diz Ursula para a protagonista, resumindo a mensagem passada pelo filme ‘O serviço de entregas da Kiki’ (Majo no Takkyubin, em japonês) do consagrado diretor Hayao Miyazaki. O filme lançado em 1989 foi baseado no mangá de mesmo nome de Eiko kadono e ganhou o premio Animage Anime Grand Prix do mesmo ano.

Apesar de falar sobre uma bruxa, em um ambiente em que a magia é comum, a historia foca nos problemas cotidianos que as pessoas costumam enfrentar. Com o bum humor tradicional dos filmes do Studio Ghibli a crônica mostra as aventuras de Kiki, que tem apenas trezes anos e deixa a casa de seus pais para completar seu treinamento como bruxa.

Com ajuda do seu companheiro Jiji, um gato preto, a jovem precisa encontrar uma nova cidade para viver e auxiliar as pessoas. Ironicamente, é mais comum ver a garota resolver seus trabalhos sem usar sua magia. Durante essa grande mudança em sua vida, a garota precisa encontrar soluções para problemas como adaptação a um novo lar, autoconhecimento e a superação da insegurança que nos atinge quando nos deparamos com as grandes escolhas da vida.

Com uma trilha sonora cativante e descontraida, composta por Joe Hisaishi, O serviço de entregas da Kiki, aborda conceitos como bloqueio criativo e autocritica de forma bem estruturada e suave criando vinculo com os espectadores. E é por isso que apesar de ser voltado para o público infantil, acaba sendo apreciado por pessoas de todas as idades.

Critica Tumulo dos Vagalumes

Natascha Winter, 21 Anos, Cineasta.

O Tumulo dos Vagalumes, de 1988, foi a razão para que eu parasse de ver filme às escuras, sem sinopse, sem trailer e sem nenhuma dica do que se tratava o filme, que não o próprio nome. E com isso o filme foi capaz de me surpreender de todas as maneiras. Dirigido por Isao Takahata a animação é inspirada no livro de semi autobiografia de Akiyuki Nosaka. A história se passa durante a Segunda Guerra Mundial e conta sobre dois irmãos que perderam a mãe em um ataque aéreo e o pai, marinheiro, com o paradeiro desconhecido. Seita precisa cuidar de sua irmã mais nova, Setsuko e sobreviver à pobreza de um país em guerra.
O fato de que Hollywood adora fazer filmes de guerra não é nenhuma novidade. Mas é um assunto pouco abordado quando estamos falando de animação, mesmo que não seja meu estilo favorito de filmes, este em especial me tocou. Não apenas por abordar a guerra com outros olhos, sem aqueles grandes tiroteios, heróis de uma nação ou com discussões políticas. Ele mostra o lado de um povo inocente que não escolheu estar ali, eles sofrem as consequências da falta de comida, água potável, seus lares sendo destruídos por bombas e seu constante medo de nunca mais ver seus parentes.
São pelas imagens pesadas e apelo sentimental de um homem que passou por isso (Akiyuki Nosaka) e escreveu sobre isso que a animação é tão conhecida. Sendo como a animação mais triste, ou como melhor animação de guerra, não é um filme fácil de assistir. E mesmo depois que o filme acabou eu decidi nunca mais citá-lo ou ousar assisti-lo de novo, mas eu o fiz. Após absorvê-lo e aceitar suas cenas fortes eu entendi que todo mundo deve passar por O Tumulo dos Vagalumes. É um filme que definitivamente vai marcar sua vida, fará você ver a guerra por outro ângulo, entender como a população é afetada e como o ser humano pode ser egoísta em certas situações.

Esse filme sem dúvidas te fará sentir raiva, angustia, tristeza e além de tudo, será capaz de te fazer sorrir em meio a tantos acontecimentos.

Critica Castelo no Céu

Larissa Corneta - 23 anos - Cineasta

Laputa: Castelo no céu, ( Tenku no Shiro Rapyuta – 1986) é mais uma das obras de Hayou Miyazaki . Esta aventura conta a história  de Sheena uma menina misteriosa que cai do céu nos braços de Pazu. Pazu é um menino forte, trabalhador e protetor por natureza, quando descobre sua nova amiga corre perigo, pois está sendo perseguida por piratas e pelo exercito, que estão atrás de sua pedra magica chamada levistones passa a protegê-la.  
Neste filme Hayou explorou bem a tecnologia, desde as grandes engenharias no inicio das maquinas com a exploração de minas, como a grande tecnologia que se encontra em Laputa, que é gerada pela energia da pedra. E principalmente os aviões que estão por todas as partes atrás da ilha magica.
O filme é uma aventura cheia de comédia e emoção que nos mostra o poder de uma amizade e de amor juvenil, porém mostra também a ganancia do homem que capaz de fazer tudo pelo poder como destruir uma terra magica e habitada por lindos animais, ameaçar crianças, trair seus companheiros e até chamar pessoas de lixo em quantos estão morrendo.

Uma animação que mostra a verdade do ser humano através de uma bela história de dois jovens que se apaixonam e são capazes de fazer tudo pelo outro. Uma história que faz você refletir até onde vai a ganancia  e o egoísmo do homem.

Critica Castelo Animado

Larissa Corneta – 23 anos - Cineasta

O castelo animado (Hauru no ugoku shiro – Japão, 2004 ) é um dos grandes sucessos do diretor Hayao Miyazaki, uma animação fantástica e repleta de magia.
Sophie é uma jovem que trabalha na chapelaria da família e é muito focada em seu serviço. Devido sua baixa estima se fecha para o mundo, para as amigas e para a família. Até o dia em que conhece o mago Howl e sua vida muda. Por ciúmes do interesse que Sophie passa a ter pelo mago a bruxa das terras abandonadas lança um feitiço nela à deixando velha. Assustada ela foge de casa até que chega ao castelo animado, um castelo andarilho movido por Calcífer um fogo que é a energia do castelo e também de Howl. Quando Sophie passa a viver com o mago descobre que ele não passa de um egoísta covarde.
E assim começa a magia onde eles, através da guerra que está acontecendo, tem que  enfrentar seus maiores medos que são os seus próprios defeitos,
Uma animação que ensina que o coração e o amor  são a arma vital para acabar com a guerra e transformar as pessoas, Sophie e Howl aprendem com o amor que sentem pelo outro a sí amar e a ter motivos para lutar.
E é com essa mensagem que Miyazaki nos mostra como a guerra pode ser vencida com o amor. Vivendo no período de guerra no japão, este assunto sempre tem um grande valor para o diretor.

Outro ponto de grande valor para o diretor é a técnica de animação, em uma época de animações gráficas e 3D ele continua com o clássico 2D, desenhando seus trabalhos e surpreendendo o mundo com suas obras, levando Castelo Animado à indicação do Oscar.

Critica Da Colina Kokuriko


Natascha Winter, 21 Anos, Cineasta.

A animação Kokuriko-zaka Kara (Da Colina Kokuriko) é dirigido por Gorõ Miyazaki, filho de Hayao Miyazaki, o fundador do estúdio Ghibli e escrita pelo próprio Hayao e Keiko Niwa que participou de outros roteiros do estúdio como O Mundo dos Pequeninos (2010) e As Lembranças de Marnie (2014). O filme foi nomeado Animação do Ano na 35ª edição do Japão. A história é baseada no manga de Chizuru Takahashi e Tetsuro Sayama. Ela narra uma história que se passa no início da década de 60, Umi Matsuzaki, uma garota que mora com a avó e mais cinco pessoas incluindo seus irmãos mais novos. Perdeu o pai, capitão de navio na guerra contra a Coréia, e a mãe, professora, está sempre fora viajando para o exterior.
Os primeiros três minutos da animação seguidos pela maravilhosa trilha de Satoshi Takebe, dá o ar calmo e a graciosidade da protagonista para o filme durante todo o tempo que é tocada, declara tudo que será abordado durante a animação, a família de Umi, as pessoas tão diversas que moram com ela e a avó, os companheiros de seu colégio e a importância que a própria garota tem dentro da casa, cozinhando para todos e certificando-se que tudo se mantenha em ordem.
Seu caminho é cruzado com Shun Kazama quando ele e os outros garotos do colégio estão protestando contra a demolição do prédio de clubes. Umi e Shun se juntam para trabalhar a favor do prédio histórico e convencer o corpo estudantil de que devem desistir em derrubá-lo. Enquanto lutam na escola pelo amado prédio em que os clubes se localizam, eles encontram duvidas e histórias mal explicadas sobre o passado dos dois que os unem e os separam ao mesmo tempo.

A primeira vez que vi Da Colina Kokuriko logo percebi que aquela não era uma obra de Hayao Miyazaki. Seu tom fantástico e de um mundo desconhecido não pairava sobre a animação, como o faz em muitas outras do estúdio Ghibli. Porém isso não a torna uma animação ruim, e sim uma inovação que sai dos padrões Ghibli, e assim como As Lembranças de Marnie, o Cemitério de Vagalumes e muitas outras obras de Hayao te faz pensar sobre coisas que não é acostumado no dia a dia. Seus temas são tão diversificados, bem tratados e muito bem aceitos pela própria obra que te tira do padrão para poder pensar no que foi mostrado no longa metragem. E essa é a melhor arma do estúdio Ghibli, é o maior motivo para assistirmos, ser surpreendido e nos apaixonar sempre por suas animações, de novo, e de novo. E de novo.

Critica A Viagem de Chihiro

Jussara Brito - 27 anos - administradora.

A viagem de Chihiro é um, filme de animação do ano de  2003 do diretor japonês Hayao Miyazaki que conta a história de Chihiro, uma menina que está prestes a mudar de cidade e de repente se perde dos  pais quando estes se distraem com um banquete.
     Quando Chihiro se perde dos pais ela entra em um mundo muito diferente do seu. Um mundo onde ninguém tem amigos, tudo é estranho, sujo e esquisito. O lugar é cheio de criaturas esquisitas onde humanos e animais exercem um relacionamento interpessoal. Mas mesmo com tudo isso, Chihiro tenta se relacionar com as pessoas e se relacionar com elas e sobreviver no lugar onde ela está .
     No  período onde ela está nesse lugar  estranho, ela se depara com as criaturas mais estranhas e esquisitas que se observadas friamente, nada mais são que o  reflexo do comportamento egoísta e medíocre da raça humana. O filme quando assistido e entendido nos leva a ver o quanto a maldade e individualismo deforma o ser humano, ou seja, o quanto nos tornamos deformados com as nossas atitudes mesquinhas.
   Esse filme também mostra o amadurecimento precoce e a importância de ter amigos.  Isso acontece quando ela precisa sobreviver sozinha e precisa  mostrar seu valor como pessoa para não ser morta ou transformada em animal . Haku é o amigo que ajuda Chihiro  a encontrar a bruxa Yubaba e a aconselha a pedir trabalho para ela .

   Apesar de o filme ser meio chato e visualmente enjoado (mesmo sendo uma animação), o filme nos leva a pensar e refletir em muitas situações de nossas vidas, muitas de nossas atitudes e escolhas para viver e sobreviver em mundo tão cruel e sombrio como o que vivemos. Chihiro precisa apegar-se sempre as suas memórias e lembranças para sair do lugar em que está, caso o contrario morrerá escreva da bruxa Yubaba. O também é emotivo pela inocência e pureza de Chihiro.

Critica Vidas ao Vento

Maria Eugania Mendrone -26 anos - Cursa Radio e TV 

Vidas ao vento conta a história biográfica de Jiro Horikoshi, um engenheiro de aviões modelo Mitsubishi A6M Zero, utilizado pelo Japão no ataque à base americana de Pearl Harbor, no Havaí, durante na Segunda Guerra Mundial.
Desde criança, Jiro sonhava com aviões em forma de pássaros e se imaginava conversando com o engenheiro aeronáutico italiano Giovanni Caproni. Mas, por conta de sua miopia, ele se vê impedido de realizar seu sonho de voar e se torna então um designer de aviões.
Pouco depois, Jiro encontra Naoko, uma jovem artista plástica que conhecera anos antes, ao salvá-la de um terremoto que quase destruiu Tóquio em 1923. Ele se apaixona por Naoko, com quem se casa, mas a jovem sofre uma grave tuberculose e não se sabe se conseguirá sobreviver. Esse aspecto foi inspirado na adaptação do romance The Wind Has Risen (1937), de Hori Tatsuo, que se passa em uma clínica de tratamento de tuberculosos em Nagano, no Japão.
Com base no respaldo histórico realístico da guerra e da vida do personagem, percebemos que existe apenas uma pequena parcela de fantasia, quando Jiro conversa com Caproni nos sonhos; assim, podemos considerar a obra voltada tanto para o público juvenil quanto para o adulto.
Evidentemente o filme não foi bem recebido pelo público americano, por se tratar de um momento de muito sofrimento e tristeza para aquele país, como foi o ataque a Pearl Harbor pelos Zeros. Embora haja um contexto em que se explora a natureza sombria da humanidade (por se tratar da vida de um fabricante de armas), existe o contraponto da criação de algo belo com sensibilidade poética, perante todo o caos. A animação tem uma mensagem clara de pacifismo, ao humanizar um personagem que provocou tamanha destruição.
Podemos constatar que a narrativa trata de temas como ambição, criatividade, persistência e amor, que são bem apontados e explorados. O ponto-chave do filme está no próprio título – “o vento” –, que passa a ser não somente um elemento de percepção, mas um importante personagem não visível, uma força positiva para o personagem principal, que o impulsiona em sua ambição e criatividade artística e que o leva a superar limites e realizar seu sonho. Agindo a seu favor, o vento provoca o encontro de Jiro com Naoko, ao fazer o guarda-sol da moça voar. Mas o vento também se mostra negativo ao espalhar o fogo do incêndio no começo e final do filme, evidenciando a destruição que a guerra traz.
A personagem Naoko representa a fragilidade e a pureza que se contrapõem ao cenário de massacre e violência. Em princípio, seu estado de saúde delicado não a impede de ter esperança em sua recuperação – o relacionamento de Naoko e Jiro é repleto de poesia e romance; no entanto, é perceptível a prioridade que Jiro dá à realização de seus sonhos, tornando-se de certa forma egoísta.
O filme recorre aos clichês das histórias de amor: o reencontro pelo destino, a doença como possibilidade de perda e/ou morte e o sacrifício.
Quando a doença de Naoko se agrava, ela decide sozinha voltar ao hospital onde esteve internada: a personagem mostra apenas seu lado mais bonito, isto é, toda felicidade, carinho e amor que podia sentir pela vida, por seu marido e por tudo a sua volta.
Pelo incontido desejo de superação, Jiro perde o controle sobre suas invenções – a indústria bélica modernizava-se no Japão. Sua invenção fora usada como instrumento de morte no horror da Segunda Guerra Mundial. Jiro se vê mais uma vez em sonho falando com Caproni (“no reino dos sonhos”): ele está arrasado, por seu sonho ter sido usado para fins malignos. Caproni orienta o olhar de Jiro para seus aviões que estão voando, remetendo ao recomeço. Os aviões lembram aviõezinhos de papel planando no céu, “mas nenhum voltará”, diz Jiro. Caproni fala que aviões são um “sonho amaldiçoado” e o céu acaba engolindo-os. O sonho nesse caso se torna pesadelo e o céu transmite a ideia de inferno, o avião é usado como instrumento de dor, é visto como objeto de destruição.
Mas em meio à destruição, a doença pode-se criar amor e compaixão, beleza poética na busca por superação perante os desafios, Naoko aparece no sonho e pede a Jiro para que ele “viva”, como na citação do poeta e filósofo francês Paul Valéry: “O Vento se eleva, devemos tentar viver”. O que equivale a dizer que não importam os erros cometidos, a dor em meio à perda, é preciso reaprender a viver, sem remorso, ter força para recomeçar, aprender a perdoar e a se perdoar. Pois a morte chega para todos e deve-se ser livre como o vento para aproveitar os bons momentos e esquecer os ruins.
Seu pedido é precedido por mais uma aparição do vento, agora incumbido de levá-la ao reino do céu; seu guarda-sol (objeto da união) também se vai, transmitindo que o sentimento de amor pode não voar, assim como o vento, mas é sentido e jamais desaparecerá. O que se evidencia na frase de Caprino: “E se foi como um lindo vento”.
O filme apresenta excelente fotografia, com traços sutilmente marcados, além do uso de cores fortes que se mesclam em frias tonalidades pastel. A música é um ponto extremamente importante, pois demonstra com cada mudança de instrumento, rimo e timbre as variadas circunstâncias e sentimentos. Instrumentos como pianos, violinos e acordeons orquestram e proporcionam emoção à história. A cena em que Jiro e Naoko brincam de jogar aviõezinhos de papel explica bem esse argumento, pois não foi preciso som externo ou locução para contextualizá-la.


Vidas ao vento, o último filme feito por Hayao Miyazaki (2013), concorreu ao Oscar de Melhor Animação de 2014. No contexto semântico, a fantasia romântica da criação do sonho corrompido e transformado em arma, com a real destruição em uma guerra, a ambição x o amor, a esperança em meio à doença, a vida x a morte são questionamentos que tornam o filme interessante, abrangendo um público diverso e justificando sua indicação.

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Contatos

Produtores:
Jussara Brito 
Larissa Corneta
Maria Eugenia Mendrone 
Natascha Winter

O evento oferece:
- Pipocas doces e salgadas
- Algodão Doce
- Tempuras 
- Refrigerantes, água e cervejas




Contatos: mostraghiblistudio@gmail.com
Telefone : 952960130

    



*MOSTRA FICTICIA 



Programação

A mostra do Studio Ghibli terá uma apresentação diferenciada com filmes ao ar livre, ela irá se realizar na Praça da Liberdade, em grandes telas de cinema que estará instalada bem na praça ao lado do metro Liberdade.
A mostra irá acontecer na primeira semana de julho, no mês da imigração Japonesa.
Com uma semana de apresentação com os maiores clássicos da animação japonesa teremos a seguiente programação:


30/06 - Segunda-feira - 20:00
Filme: As Memórias de Marnie.
Para comemorar a abertura da mostra teremos a presença do ilustre do Goro Miyazaki um dos diretores do studio e filho do mestre Hayao Miyazaki. Ele irá falar sobre seus trabalhos e de seu pai e sobre pretensões futuras do Studio e claro um bate-papo com o publico.

31/06 - Terça-feira - 20:00
Filme: Princesa Mononoke

01/07 -  Quarta-feira  - 20:00
Filme: Serviços de entrega da Kiki

02/07 - Quinta-feira - 20:00
Filme: Túmulos dos Vaga-lumes

03/07 - Sexta-feira - 20:00
Filme: Castelo no Céu 
Castelo Animado

04/07 - Sabado - 20:00
Filme: Da colina Kokuriko
A Viagem de Chihiro

05/07 - Domingo - 20:00
Filme:Vidas ao Vento 
Meu Vizinho Totoro

O último dia terá a o festival de Cosplay convidamos a todos para vestirem suas melhores fantasia do seu personagem favorito, O melhor Cosplay irá ser presenteado com um box dos filmes do Studio Ghibli.





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Crítica Meu Vizinho Totoro

Lara Corneta - 23 anos - Cineasta

Fantasia e realidade se completam nessa história que é a mais popular animação do aclamado Studios Ghibli. Meu vizinho Totoro (Tonari no Totoro, no original japonês) lançado em 1988, é mais um excelente trabalho do roteirista, desenhista e diretor Hayao Miyazaki, considerado um dos maiores nomes da animação mundial.


As irmãs Mei e Satsuki Kusakabe, de seis e dez, se mudam para o interior do Japão para ficarem mais próximas do hospital em que sua mãe, Yasuko Kusakabe, está internada. Além dos cuidados do Pai, Tatsuo Kusakabe e da vizinha Nanni as garotas se deparam com espíritos mágicos que aparecem para ajuda-las.

Mei, a irmã mais nova, encontra no quintal do novo lar um caminho que a leva direto ao carismático e aconchegante personagem que da titulo a obra, Totoro que apesar de pouco aparecer na trama sempre vêm, as vezes acompanhado de seu amigo Gato-ônibus (Nekobasu, no original), em momentos que as garotas mais precisam.

O longa-metragem é narrado no limiar da tênue linha entre a realidade e a imaginação infantil. Num cenário de pós-guerra japonês – tema muito trabalhado pelo diretor – as garotas passam por varias situações duras e realistas e são auxiliadas por toda magia que Totoro e seus amigos podem oferecer. 

Como habitual entre as animações do Studios Ghibli, esse desenho voltado para o público infantil é tão cativante que atraí a todas as gerações. E é todo o carisma, boa intensão e receptividade  de Totoro, que deu ao caricato personagem o titulo de mascote do estúdio e em seguida se tornou o logotipo da marca.

Filmes

A Viagem de Chihiro (Sen to Chihiro no Kamikakushi)

Diretor: Hayao Miyazaki
Data de lançamento: 20 de Julho de 2001
Gênero: Aventura/Fantasia
Elenco: Rumi Hiiragi (Chihiro Ogino), Miyu irino (Haku), Mari Natsuki (Yubaba), Ryunosuke Kamiki (Boh), Bunta Sugawara (Kamaji), Takashi Naito (Akio Ogino), Yasuko Sawaguchi (Yuko Ogino).
Sinopse: Chihiro é uma garota de 10 anos que acredita que todo o universo deve atender aos seus caprichos. Ao descobrir que vai se mudar, ela fica furiosa. Na viagem, Chihiro percebe que seu pai se perdeu no caminho para a nova cidade, indo parar defronte um túnel aparentemente sem fim, guardado por uma estranha estátua. Curiosos, os pais de Chihiro decidem entrar no túnel e Chihiro vai com eles. Chegam numa cidade sem nenhum habitante e os pais de Chihiro decidem comer a comida de uma das casas, enquanto a menina passeia. Ela encontra com Haku, garoto que lhe diz para ir embora o mais rápido possível e ao reencontrar seus pais, Chihiro fica surpresa ao ver que eles se transformaram em gigantescos porcos. É o início da jornada de Chihiro por um mundo fantasma, povoado por seres fantásticos, no qual humanos não são bem-vindos.





Vidas ao Vento (Kaze Tachinu)

Diretor: Hayao Miyazaki
Data de lançamento: 20 de Julho de 2013
Gênero: Drama/Romance
Elenco: Hideaki Anno (Jiro Horikoshi), Miori Takimoto (Naoko Satomi), Hidetoshi Nishijima (Honjo), Masahiko Nshimura (Kurokawa).
Sinopse: Jiro Horikoshi, vive em uma cidade do interior do Japão. Um dia, ele tem o sonho de estar voando em um avião com formato de pássaro. A partir desse sonho, ele decide que construir um avião e colocá-lo no ar é a meta da sua vida. Durante a busca pelo seu sonho ele conhece Naoko, uma jovem encantadora por quem se apaixona. No entanto, Naoko fica profundamente doente, sem saber se sobreviverá.




Cemitério de Vagalumes (Hotaru no Haka)

Diretor: Isao Takahata
Data de lançamento: 15 de Abril de 1988
Gênero: Drama
Elenco: Tsutomo Tatsumi (Seita), Ayano Shiraishi (Setsuko), Yoshiko Shinohara (Mãe), Akemi Yamaguchi (Tia).
Sinopse: Os irmão Setsuko e Seita vivem no Japão em meio a Segunda Guerra Mundial. Após a morte da mãe num bombardeio americano e a convocação do pai para a Guerra, eles vão morar com alguns parentes. Insatisfeitos, saem da cidade e acabam num abrigo isolado na floresta, onde lutam contra a fome e as doenças e se divertem com as luzes dos vaga-lumes.






O Castelo Animado (Howl no Ugoku Shiro)

Diretor: Hayao Miyazaki
Data de lançamento: 2004
Gênero: Fantasia
Elenco: Takuya Kimura (Howl), Chieko Baisho (Sophie), Ryonosuke Kamiki (Markl), Tatsuya Kimura (Calcifer), Akihiro Miwa (Bruxa do Nada).
Sinopse: Sofia é uma jovem de 18 anos que trabalha na chapelaria de seu pai. Em uma de suas raras idas à cidade ela conhece Hauru, um mágico bastante sedutor mas de caráter duvidoso. Ao confundir a relação existente entre eles, uma feiticeira lança sobre Sofia uma maldição que faz com que ela tenha 90 anos. Desesperada, Sofia foge e termina por encontrar o Castelo Animado de Hauru. Escondendo sua identidade, ela consegue ser contratada para realizar serviços domésticos no local, se envolvendo com os demais moradores do castelo.





A Princesa Mononoke (Mononoke Hime)

Diretor: Hayao Miyazaki
Data de lançamento: 12 de Julho de 1997
Gênero: Frantasia/Drama
Elenco: Yuriko Ishida (San/Mononoke), Yõji Matsuda (Ashitaka), Yuko Tanaka (Eboshi Gozen), Akihiro Miwa (Moro).
Sinopse: A aldeia de Ashitaka é invadida por um estranho demônio, e quem resolve enfrentá-lo é o corajoso príncipe. Ele luta com o bicho e consegue matá-lo, mas antes fica com o braço ferido e é contaminado por uma maldição. Ele irá se corroer pelo ódio até se tornar um demônio igual ao outro e morrer, a não ser que ele vá atrás da cura na floresta proibida. É aí que começa a jornada de Ashitaka, que vai enfrentar animais fantásticos, princesas amaldiçoadas e os mistérios da natureza. O príncipe vai conhecer também os homens que querem destruir a floresta e a pequena San, ou Princesa Mononoke.





O Serviço de Entregas da Kiki (Majo no Takkyubin)

Diretor: Hayao Miyazaki
Data de lançamento: 1989
Gênero: Fantasia/Comédia
Elenco: Minami Takayama (Kiki), Rei Sakuma (Jiji), Keiko Toda (Osono), Minami Takayama (Ursula), Kappei Yagamuchi (Tombo).
Sinopse: Kiki é uma jovem bruxa que acabou de completar 13 anos. Segundo a tradição, quando atingem essa idade, todas as bruxas devem sair de casa por um ano para aprender a viver por conta própria. Ela se muda para a cidade de Korico, junto com Jiji, seu gato falante. Lá ela aprende a seguir em frente com sua vida, apesar de todas as dificuldades que possam surgir. 





Da Colina Kokuriko (Kokuriko-zara Kara)

Diretor: Gorõ Miyazaki
Data de lançamento: 16 de Junho de 2011
Gênero: Drama
Elenco: Masami Nagasawa (Umi Matsuzaki), Junichi Okada (Shun Kazama), Keiko Takeshita (Hana Matsuzaki), Jun Fubuki (Ryoko Matsuzaki), Yuriko Ishida (Miki Hokuto), Shunsuke Kazama (Shirõ Mizunuma).
Sinopse: A adolescente Umi vive em cima de colina, com vista para o porto de Yokohama. Desde que seu pai desapareceu em alto mar, ela ergue duas bandeiras no quintal de casa, como uma mensagem lançada ao horizonte. Estes sinais tornam-se conhecidos por todos os jovens do bairro, sendo o objeto de um artigo no jornal do câmpus. O autor do texto, Shun, acaba se aproximando de Umi, dando início a uma relação entre os dois. Mas quando eles descobrem um segredo sobre o passado de ambos, esta história de amor e amizade corre o risco de desaparecer.





As Memórias de Marnie (Omoide no Mãnii)

Diretor: Hiromasa Yonebayashi
Data de lançamento: 19 de Julho de 2014
Gênero: Mistério/Drama
Elenco: Sara Takatsuki (Anna Sasaki), Kasumi Arimura (Marnie), Hana Sugisaki (Sayaka), Hitome Kuroki (Hisako), Nanako Matsushima (Yoriko Sasaki), Susumu Terajima (Kiyomasa Oiwa), Toshie Negishi (Setsu Oiwa).
Sinopse: Anna (Hailee Steinfeld) é uma menina de 12 anos, filha de pais adotivos, sempre muito solitária e não exatamente feliz. Um belo dia, em um castelo numa ilha isolada, ela conhece Marnie (Kiernan Shipka). A menina loira de vestido branco se torna a grande e única amiga de Anna, mas ela descobrirá que Marnie não é exatamente quem parece ser.





Meu Vizinho Totoro (Tonari no Totoro)

Diretor: Hayao Miyazaki
Data de lançamento: 1988
Gênero: Fantasia/Drama
Elenco: Noriko Hidaka (Satsuki Kusakabe), Chika Sakamoto (Mei Kusakabe), Shigesato Itoi (Tatsuo Kusakabe), Sumi Shimamoto (Yasuko Kusakabe), Hitoshi Takagi (Totoro), Naoki Tatsuta (Catbus), Toshiyuki Takagi (Kanta Okagi), Tanie Kitabayashi (Avó de Kanta).
Sinopse: Mei, é uma jovem que encontra uma pequena passagem em seu quintal, que a leva à um lendário espírito da floresta, conhecido como Totoro. Sua mãe está no hospital, e seu pai, divide o tempo entre dar aulas na faculdade e cuidar de sua mulher doente. Quando Mei, tenta visitar a mãe por conta própria, se perde na floresta, e só o grande e fofo Totoro, pode ajudar a menina a achar o caminho de volta para casa.




O Castelo no Céu (Tenkû no Shiro Rapyuta)

Diretor: Hayao Miyazaki
Data de lançamento: 1986
Gênero: Fantasia/Ação
Elenco: Keiko Yokozawa (Princesa Sheeta), Mayumi Tanaka (Pazu), Kotoe Hatsui (Capitã Dola), Minori Terada (Coronel Muska), Ichirõ Nagai (General Muoro).
Sinopse: Pazu, um aprendiz de engenheiro, conhece uma jovem garota dona de um colar brilhante, Sheeta, e descobrem que ambos estão procurando pelo legendário castelo flutuante. Assim começa uma aventura com piratas gananciosos dos céus, agentes secretos e obstáculos que tentam esconder a verdade e resgatar o misterioso colar.


Conceito

Studio Ghibli é um estúdio de animação japonesa, fundado em 1985 por Hayao Miyazaki, Isao Takahata e Toshio Suzuki. Até hoje já foram produzidos mais de 20 filmes de animação, sendo Heidi Arupusu no Shojo Haiji de 1974, um dos primeiros.
Anos depois, o estúdio acrescentou em sua lista de maiores sucessos: Tumulo dos Vagalumes (Hotaru no Haka - 1988), considerado uma das melhores animações com tema de guerra, A Viagem de Chihiro (Sen to Chihiro no Kamikakushi - 2001) que ganhou o Urso de Ouro no Festival de Berlim de 2002, além do Oscar de Melhor Animação em 2003, sendo ele o primeiro e único a ganhar um Oscar de Melhor Animação com língua estrangeira.
Outros filmes conhecidos pelos fãs são: Princesa Mononoke (Mononoke-hime - 1997), Da Colina Kokuriko (Kokuriko-zaka Kara - 2011), Ponyo - Uma Amizade que Veio do Mar (Gake no Ue no Ponyo - 2008), Meu Vizinho Totoro  (Tonari no Totoro - 1988), ) O Castelo Animado (Howl no Ugoku Shiro – 2004), O Serviço de Entregas da Kiki (Majo no Takkyūbin - 1989), As Memórias de Marnie (Omoide no Marnie - 2014) e O Castelo no Céu (Tenkû no Shiro Rapyuta - 1986), 


Nossa proposta inicial é divulgar a grandiosidade do estúdio para todos os públicos. Pretendemos chamar a atenção tanto do público infanto-juvenil quanto o adulto, mostrando o porquê de o estúdio Ghibli ser considerado a Disney japonesa.
Com a mostra, serão apresentadas e discutidas as diferenças entre as animações americanas em relação às japonesas do Studio Ghibli. Podendo ser notado os principais pontos como a animação clássica que foi utilizada na Disney nos primórdios do estúdio, mas se adaptaram para as novas tecnologias como o 3D, enquanto a Ghibli continua forte com a animação clássica – sendo muitas vezes desenhada pelo próprio Hayao  Miyazaki. Outro ponto importante é a diferença no estilo de desenho; a Disney opta por traços de cartoons bastante caricatos, tentando criar um “mundo perfeito” com personagens únicos e marcantes. Já o Studio Ghibli utiliza um traço mais realista mostrando um Japão (cenário dos filmes) rico em detalhes e personagens mais ‘comuns’. 
Em relação às histórias dos longas-metragens, temos a Disney e sua busca pelo ‘mundo ideal’. Onde há sempre o protagonista bom, que é injustiçado por um vilão, seguido pela grande luta entre o bem e o mal. Terminando com o famoso “felizes para sempre”. Enquanto os Studios Ghibli mostram que a verdadeira luta dos protagonistas é contra os seus próprios medos e defeitos. E mesmo que haja um vilão, a vitória vem da superação do personagem e nem sempre pode se esperar o final feliz.

As histórias da Ghibli vêm sempre com muita magia e com criaturas fantásticas como o aclamado Totoro, além da presença de bruxas, feiticeiras e magos. E em sua maioria a magia é comum no mundo em que os personagens vivem.
Os protagonistas vivem problemas corriqueiros como a baixa estima que aparece na personagem Sophie, em Castelo Animado ou falta de motivação, como é apresentado na personagem Kiki, de Entregas de Serviços da Kiki. Estes problemas são os verdadeiros ‘vilões da história’ e só se resolvem quando os heróis enfrentam seus medos.
E eles sempre têm bons amigos para ajudar nestes momentos de dificuldade. Este é um dos pontos mais bonito das histórias da ghibli. O estúdio sempre visa a amizade como a maior força do protagonista. Mas isso não quer dizer que não haja antagonista, porém eles também aprendem com o personagem principal a enfrentar seus problemas e muitas vezes acabam se tornando pessoas boas.

Outro ponto nas histórias são as guerras japonesas, tema que está presente em muitos filmes. Devido ao fato de o Japão ter vivenciado estes períodos, fez com que os diretores do studio adotassem essa temática. Ela está bem presente no filme Tumulo dos Vagalumes que conta a história de dois irmãos que viveram na época da segunda Guerra. A animação mostra todas as dificuldades que a guerra traz às vitimas - principalmente a dois irmãos órfãos - com um clima pesado, O objetivo do filme é único, mostrar a realidade sem florear por se tratar de uma animação. E isso se torna uma marca do estúdio, uma vez que eles passam as mensagens do filme para incomodar o publico e gerar o desconforto com a realidade cruel que os personagens passam, mas que são exatamente as que vivemos.
Quanto a técnica de animação, como já citado acima, o Studio segue firme com a Animação 2D clássica, que são os desenhos feito a mão para depois serem animados. O estilo dos desenhos segue um realismo que tem o objetivo de captar detalhes em suas animações da visão do Japão com detalhes frequentes, como pingos de chuva, poças d’água e trens, possibilitando assim perfeitos cenários e ótimas fotografias dos filmes.
A trilha sonora é composta em sua maioria por Joe Hisaishi que produz um excelente trabalho fazendo com que as musicas complementem a cena e emocionem os espectadores. Os planos de fundo musicais do Studio Ghibli são, em maioria, marcantes e, como uma cereja no topo do bolo, dão o charme e o acabamento às maravilhosas obras de arte.
E é todo esse diferencial que fez necessário uma mostra onde público alvo são as crianças, os jovens e os adultos apaixonados por animação, por animes (desenhos orientais) e principalmente por fantasia, magia e pelo fantástico mundo que só aquele bom desenho pode nos trazer.
E para expandir ainda mais estas obras, foi concluído que sua realização teria que ser em um local que atingisse nosso público-alvo, tanto quanto quem ainda não conhece as obra do estudio. Por isso a mostra será apresentada em cinema a céu aberto na Praça da Liberdade, com localização próxima a estação do metrô. Quanto mais pessoas forem atingidas, e conhecerem o Studio Ghubli,  maior será gratificante para nós. E assim, sairemos com a sensação de missão cumprida.