terça-feira, 17 de maio de 2016

Critica Serviços de Entrega da Kiki

Larissa Corneta - 23 anos - Cineasta

É o coração que me faz pintar, faz sua amiga cozinhar. Precisa encontrar a sua inspiração Kiki” é o que diz Ursula para a protagonista, resumindo a mensagem passada pelo filme ‘O serviço de entregas da Kiki’ (Majo no Takkyubin, em japonês) do consagrado diretor Hayao Miyazaki. O filme lançado em 1989 foi baseado no mangá de mesmo nome de Eiko kadono e ganhou o premio Animage Anime Grand Prix do mesmo ano.

Apesar de falar sobre uma bruxa, em um ambiente em que a magia é comum, a historia foca nos problemas cotidianos que as pessoas costumam enfrentar. Com o bum humor tradicional dos filmes do Studio Ghibli a crônica mostra as aventuras de Kiki, que tem apenas trezes anos e deixa a casa de seus pais para completar seu treinamento como bruxa.

Com ajuda do seu companheiro Jiji, um gato preto, a jovem precisa encontrar uma nova cidade para viver e auxiliar as pessoas. Ironicamente, é mais comum ver a garota resolver seus trabalhos sem usar sua magia. Durante essa grande mudança em sua vida, a garota precisa encontrar soluções para problemas como adaptação a um novo lar, autoconhecimento e a superação da insegurança que nos atinge quando nos deparamos com as grandes escolhas da vida.

Com uma trilha sonora cativante e descontraida, composta por Joe Hisaishi, O serviço de entregas da Kiki, aborda conceitos como bloqueio criativo e autocritica de forma bem estruturada e suave criando vinculo com os espectadores. E é por isso que apesar de ser voltado para o público infantil, acaba sendo apreciado por pessoas de todas as idades.

Nenhum comentário:

Postar um comentário