terça-feira, 17 de maio de 2016

Critica Tumulo dos Vagalumes

Natascha Winter, 21 Anos, Cineasta.

O Tumulo dos Vagalumes, de 1988, foi a razão para que eu parasse de ver filme às escuras, sem sinopse, sem trailer e sem nenhuma dica do que se tratava o filme, que não o próprio nome. E com isso o filme foi capaz de me surpreender de todas as maneiras. Dirigido por Isao Takahata a animação é inspirada no livro de semi autobiografia de Akiyuki Nosaka. A história se passa durante a Segunda Guerra Mundial e conta sobre dois irmãos que perderam a mãe em um ataque aéreo e o pai, marinheiro, com o paradeiro desconhecido. Seita precisa cuidar de sua irmã mais nova, Setsuko e sobreviver à pobreza de um país em guerra.
O fato de que Hollywood adora fazer filmes de guerra não é nenhuma novidade. Mas é um assunto pouco abordado quando estamos falando de animação, mesmo que não seja meu estilo favorito de filmes, este em especial me tocou. Não apenas por abordar a guerra com outros olhos, sem aqueles grandes tiroteios, heróis de uma nação ou com discussões políticas. Ele mostra o lado de um povo inocente que não escolheu estar ali, eles sofrem as consequências da falta de comida, água potável, seus lares sendo destruídos por bombas e seu constante medo de nunca mais ver seus parentes.
São pelas imagens pesadas e apelo sentimental de um homem que passou por isso (Akiyuki Nosaka) e escreveu sobre isso que a animação é tão conhecida. Sendo como a animação mais triste, ou como melhor animação de guerra, não é um filme fácil de assistir. E mesmo depois que o filme acabou eu decidi nunca mais citá-lo ou ousar assisti-lo de novo, mas eu o fiz. Após absorvê-lo e aceitar suas cenas fortes eu entendi que todo mundo deve passar por O Tumulo dos Vagalumes. É um filme que definitivamente vai marcar sua vida, fará você ver a guerra por outro ângulo, entender como a população é afetada e como o ser humano pode ser egoísta em certas situações.

Esse filme sem dúvidas te fará sentir raiva, angustia, tristeza e além de tudo, será capaz de te fazer sorrir em meio a tantos acontecimentos.

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