terça-feira, 17 de maio de 2016

Critica Da Colina Kokuriko


Natascha Winter, 21 Anos, Cineasta.

A animação Kokuriko-zaka Kara (Da Colina Kokuriko) é dirigido por Gorõ Miyazaki, filho de Hayao Miyazaki, o fundador do estúdio Ghibli e escrita pelo próprio Hayao e Keiko Niwa que participou de outros roteiros do estúdio como O Mundo dos Pequeninos (2010) e As Lembranças de Marnie (2014). O filme foi nomeado Animação do Ano na 35ª edição do Japão. A história é baseada no manga de Chizuru Takahashi e Tetsuro Sayama. Ela narra uma história que se passa no início da década de 60, Umi Matsuzaki, uma garota que mora com a avó e mais cinco pessoas incluindo seus irmãos mais novos. Perdeu o pai, capitão de navio na guerra contra a Coréia, e a mãe, professora, está sempre fora viajando para o exterior.
Os primeiros três minutos da animação seguidos pela maravilhosa trilha de Satoshi Takebe, dá o ar calmo e a graciosidade da protagonista para o filme durante todo o tempo que é tocada, declara tudo que será abordado durante a animação, a família de Umi, as pessoas tão diversas que moram com ela e a avó, os companheiros de seu colégio e a importância que a própria garota tem dentro da casa, cozinhando para todos e certificando-se que tudo se mantenha em ordem.
Seu caminho é cruzado com Shun Kazama quando ele e os outros garotos do colégio estão protestando contra a demolição do prédio de clubes. Umi e Shun se juntam para trabalhar a favor do prédio histórico e convencer o corpo estudantil de que devem desistir em derrubá-lo. Enquanto lutam na escola pelo amado prédio em que os clubes se localizam, eles encontram duvidas e histórias mal explicadas sobre o passado dos dois que os unem e os separam ao mesmo tempo.

A primeira vez que vi Da Colina Kokuriko logo percebi que aquela não era uma obra de Hayao Miyazaki. Seu tom fantástico e de um mundo desconhecido não pairava sobre a animação, como o faz em muitas outras do estúdio Ghibli. Porém isso não a torna uma animação ruim, e sim uma inovação que sai dos padrões Ghibli, e assim como As Lembranças de Marnie, o Cemitério de Vagalumes e muitas outras obras de Hayao te faz pensar sobre coisas que não é acostumado no dia a dia. Seus temas são tão diversificados, bem tratados e muito bem aceitos pela própria obra que te tira do padrão para poder pensar no que foi mostrado no longa metragem. E essa é a melhor arma do estúdio Ghibli, é o maior motivo para assistirmos, ser surpreendido e nos apaixonar sempre por suas animações, de novo, e de novo. E de novo.

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